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14 – LÍDERES QUE ME INSPIRAM – ANTÔNIO CONSELHEIRO

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14 – LÍDERES QUE ME INSPIRAM – ANTÔNIO CONSELHEIRO

Por Ademar Rafael Ferreira (Papa)

Ade Maleu Lapa-el – Falemos hoje sobre o místico Antônio Conselheiro.

Papa – Antônio Vicente Mendes Maciel nasceu em Quixeramobim (CE), em 13.03.1830, foi comerciante, professor, agricultor, caixeiro e, principalmente, advogado dos pobres. Foi peregrino pelo Nordeste, pregou o evangelho e cruzou várias vezes os estados do Ceará, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Sofreu perseguição dos poderosos da época, de membros da igreja e dos donos do poder da República. Defendeu a monarquia e combateu o regime republicano. Foi preso acusado de crime que não cometeu. Afirmava que a República seria outra forma de cativeiro do povo, que pela carga dos impostos o povo iria trabalhar somente para o governo.

Limitar a história de Antônio Conselheiro somente a Canudos e ao que narra Euclides da Cunha no clássico da literatura nacional “O Sertões” é seguir a cartilha da miopia social e do preconceito. Quando mergulhamos nos fatos, com isenção, podemos detectar que Euclides da Cunha – repórter do jornal “O Estado de São Paulo”, órgão vinculado aos interesses do poder central, escreveu sua famosa obra sob influência do positivismos e conceitos extraídos da sua formação militar.

Do livro “Antônio Conselheiro, os Sertões e o Sertão de Sergipe”, de Oleone Coelho Fontes, destacamos o seguinte perfil do místico cearense: “Homem pobre, humilde, manso, sofredor, de fala dócil e consoladora, humanista, passo tardo e firme, usando puído chapéu de palha, apoiado ao bordão, barba espessa e cabelos desgrenhados, mas de energia interior vulcânica, durante um quarto de século viveu apanhar pedras pelos caminhos, a retirar de caatingas e carrascais madeira para reconstrução ou construção de igrejas, capelas, cruzeiros, muros de cemitérios, rasgou pequenos reservatório para acumular água, abriu cacimbas, veredas e estradas. Ministrava conselhos, pregava, evangelizava, solidário no dia a dia com deserdados e mal-aventurados”.

O que busco aprender na trajetória de Antônio Conselheiro: “Coragem para enfrentar os donos poder e os que se julgam detentores de todas as verdade; lealdade com seus princípios, composta pela da força interior e pela fé; disposição e compromisso com sua obra, sabia a força dos oponentes e os enfrentou até a morte; capacidade de implantar a lógica comunitária em ambiente hostil, com pessoas desprovidas do básico; liderança carismática e mística…”. Conselheiro merece ter sua história contada sem rótulos impostos por interesses externos. Viva Canudos, viva o Sertão real.

Fonte: penoticias.com.br

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