Visitar a Feira Livre de Gravatá, no Agreste de Pernambuco, é mais do que fazer compras — é viver uma verdadeira imersão cultural e sensorial. Localizada no coração do município, ela é um dos grandes orgulhos da cidade, reunindo centenas de feirantes e milhares de consumidores em busca de alimentos frescos, produtos artesanais e contato direto com os produtores.
O espaço, que já ocupou outros pontos históricos da cidade, como a frente do Memorial de Gravatá e a Praça da Matriz, ganhou novo fôlego a partir da gestão do prefeito Luiz Prequé, que transferiu a feira para o pátio atual. Cercada pelo Mercado Cultural, Mercado de Farinha e Açougue Público Municipal, a feira tornou-se referência em organização, limpeza e variedade.
Mais do que um ponto de comércio, a Feira Livre representa a base econômica de muitas famílias. Com uma movimentação que chega a R$ 600 mil por semana — ultrapassando R$ 2,4 milhões por mês — o local é símbolo de resistência e dinamismo do comércio popular.
Em 2024, a Prefeitura de Gravatá investiu na revitalização do espaço, com entrega gratuita de novas lonas de cobertura e saias para os bancos, em um investimento de R$ 338.999,50. As melhorias foram feitas por empresas especializadas e reforçam o compromisso com os feirantes e frequentadores.
Os protagonistas dessa história são homens e mulheres como Marinalva Helena, que há 35 anos vende frutas e verduras. Ela relembra os tempos em que a feira ocupava terrenos precários e se orgulha da transformação do local. “Só saio daqui quando Deus me levar”, diz com emoção.
Outro veterano é Manoel José Silvino, que trocou a agricultura pela feira após um acidente. “Foi aqui que criei meus sete filhos”, conta com gratidão. Já José Fernandes Vieira, que migrou da quitanda para a feira durante a pandemia, afirma que o espaço é bem organizado e acolhedor. “Gravatá é um exemplo de cidade acolhedora. Aqui a gente tem segurança, limpeza e mercadoria de qualidade.”
A tradição também passa de geração em geração. Natanael de Oliveira e o irmão Daniel continuam o legado do pai, Seu Bibi, e do avô. “Comecei aqui aos 12 anos. Temos orgulho de trabalhar numa feira que é referência no Brasil”, destaca.
A Feira Livre de Gravatá funciona de quinta a sábado, das 6h às 18h, e aos domingos, das 6h ao meio-dia. Um convite aberto para quem deseja consumir produtos frescos, conhecer histórias de vida e mergulhar na cultura popular nordestina.
Fonte: pernambuconoticias.com.br
