O multiartista Paulo Matricó emprestou seu talento à Sexta Musical de hoje no programa Manhã Total, da Rádio Pajeú.
Paulo falou de seus projetos, da busca por espaço no cenário regional e do enfrentamento à imposição de nomes e atrações do mercado da música, muitas vezes sem prezar pela qualidade e identidade cultural.
“Poeta do engenho”, Paulo Matricó, cantor e compositor do Sertão do Pajeú, traz no coração e na bagagem a história do Sertão.
Nascido no Vale do Rio Pajeú, no município de Tabira, Pernambuco, bebeu na fonte da poesia sertaneja. Herdou do pai, ‘”seu” Albino Pereira e de outros menestréis da cantoria como Louro do Pajeú, Zé Catota, Pinto de Monteiro e Job Patriota, a arte de contar histórias simples com o apuro de métrica e a graciosidade do repente popular.
Múltiplo, apresentou no Teatro Santa Isabel a ópera cordelista “Lua de Alegria”. Baseado na sua obra, o espetáculo cantou a história de Luiz Gonzaga em forma de cordel.
A biografia cantada do rei do baião une duas tradicionais formas de arte: a ópera, querida pelos europeus, e a cultura dos repentistas populares, clamada pelos nordestinos. Conectando dramaturgia e música, o cenário também carrega inspirações sertanejas no formato cênico do cortejo-lítero.
Como compositor é autor de obras primas como Moenda, Apreço ao meu lugar e Canção da Lua, que lhe rendeu o prêmio principal de um dos últimos FERCAN, Festival Regional da Canção, em Afogados no ano de 1991.
No registro, com o poeta e produtor cultural Alexandre Morais, mais o repentista e declamador Diomedes Mariano.
Fonte: nilljunior.com.br














