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Pesquisa Pulso Brasil-Ipespe que vai ser divulgada nesta quarta-feira (21) mostra que o presidente Lula tem hoje o mesmo índice de aprovação e de reprovação da pesquisa anterior do instituto, que foi feita em março, antes do escândalo dos descontos irregulares do INSS.
Naquele mês, ele era desaprovado por 54%, e o índice segue exatamente igual em maio. Era aprovado por 41%, e agora aparece com 40%, uma oscilação dentro da margem de erro.
A sondagem revela, portanto, que o escândalo do INSS, se reverteu a recuperação de popularidade que Lula experimentava em abril, não o empurrou ladeira abaixo, como o próprio governo temia.
O governo começou o ano de 2025 enfrentando uma crise de popularidade, com quedas na aprovação registradas por vários institutos nos meses de janeiro, fevereiro e março.
Em abril, depois de mudanças na área de comunicação e de uma investida publicitária sobre realizações do governo, ele experimentou uma ligeira recuperação, no que parecia ser o estancamento da crise.
O Datafolha, por exemplo, revelou naquele mês que a avaliação positiva do governo (bom ou ótimo) avançara, de 24% em fevereiro para 29% em abril. Mas veio o escândalo dos descontos irregulares nos vencimentos de aposentados e pensionistas, e a avaliação voltou a cair.
Porém, como mostra a pesquisa Pulso Brasil-Ipespe, a queda parece controlada.
O cientista político Antonio Lavareda, que coordena o levantamento, afirma que “o tsunami do INSS não produziu uma queda na dimensão esperada”.
Um outro levantamento feito pelo Ipespe Analítica, que agrega o índice de diversos institutos, mostra que a aprovação e a reprovação de Lula, na média, voltaram a se aproximar dos patamares de março, o que é agora reforçado pela pesquisa Pulso Brasil-Ipespe.
Ele nota que a pesquisa de agora revela também que “a economia, fator prevalecente nas avaliações sobre o desempenho de governo, deixou de piorar”.
A pesquisa mostra que 38% dos entrevistados dizem, em maio, que a economia brasileira está no rumo certo. É um avanço em relação a março, quando 35% afirmavam a mesma coisa.
Segundo Lavareda, outras informações protagonizadas por Lula podem ter ajudado a estancar a queda. Questionados sobre notícias que ouviram sobre o presidente em TVs, rádios, jornais, portais e redes sociais, 17% citaram as viagens recentes do presidente à China, à Rússia e ao Vaticano.
A polêmica sobre as falas da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, apareceram de forma lateral, com 3% de citação. O INSS, no entanto, segue como uma forte âncora negativa: 30% dos entrevistados citaram a notícia.
No total, 39% das pessoas disseram acreditar que o governo Lula vai melhorar nos próximos meses, contra 44% que acreditam que ele vai piorar. Outros 16% dizem que tudo ficará igual.
Fonte: maispajeu.com.br