Nesta sexta-feira (20) duas comerciantes que trabalham no ramo alimentício, em frente ao Hospital Eduardo Campos, em Serra Talhada, procuraram a reportagem do Farol de Notícias para relatar as dificuldades que vêm enfrentando para conseguirem trabalhar no local.
Segundo informações das comerciantes, elas receberam a ordem de que não poderiam trabalhar no local, pois estariam atrapalhando a passagem os pedestres, que precisam acessar a unidade hospitalar.
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As mulheres afirmam que a informação surgiu após uma denúncia contra elas, que trabalham das 6h da manhã, às 22h, fornecendo alimentação para acompanhantes de pacientes que estão hospitalizados.
As trabalhadoras também afirmam que uma equipe de fiscalização da prefeitura municipal já esteve no local e não foi identificada nenhuma irregularidade. Entretanto, após o surgimento da denúncia, têm enfrentado problemas para conseguir trabalhar.
Rosana Silva, 37 anos, comerciante no local há quase 4 anos, disse que desde que começou a trabalhar tentam impedir a sua permanência, entretanto, não sabe de onde surgiu a denúncia, que tenta proibir o seu trabalho e de outra colega:
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“Tem um mestre de obras, em um terreno em frente ao hospital, que logo que eu cheguei, era um barraquinho de madeira, ele disse que ia quebrar meu barraquinho, fiz de tudo, comprei meu trailler, tirei da frente o terreno e agora que passou a pista, estão dizendo que a gente está incomodando os pedestres, que não tem por onde passar. É mentira. A fiscalização da prefeitura foi lá e disse que nós não estamos impedindo nada; mas chegou uma denúncia e eu queria que alguém resolvesse alguma coisa, porque é ali que tiramos o nosso sustento. Não sei de quem partiu a denúncia, mas acho que ali tem uma panelinha entre o hospital e o dono do terreno” afirmou a comerciante.
“Estão querendo tirar a gente de lá e eu não entendo o porque de quererem nos tirar. A gente não vende nada que não seja permitido. Vendemos comida, lanches, refrigerante, água e ajudamos o pessoal. Tem gente que chega morrendo de fome e a gente ajuda, dá lanche, faz ligação, leva o pessoal para tomar banho. Legalizadas temos nós duas trabalhando lá. A gente tem um alvará, a gente paga R$ 80, mas tem outras pessoas que estão lá e não são legalizadas” pontuou a comerciante Leidjane Santos, 42 anos.
HEC SE POSICIONA
A reportagem do Farol de Notícias, entrou em contato com a direção do HEC, que se pronunciou por meio de nota:
“Na manhã da última segunda-feira (16/12), a direção do Hospital do Sertão Eduardo Campos (HEC) tomou conhecimento de relatos envolvendo a estadia dos comerciantes na frente da unidade.
O HEC ressalta que, mesmo diante das informações apresentadas, não foi realizada a retirada dos comerciantes e que não se responsabiliza por atitudes de terceiros que não estejam vinculados ao hospital.
O HEC reforça o compromisso com a excelência no atendimento e assistência aos pacientes, além de contribuir efetivamente no cuidado à população sertaneja
Fonte: faroldenoticias.com.br