Por Paulo César Gomes, Professor, historiador, escritor e colunista do Farol
Na última semana a equipe do Farol de Notícias esteve no distrito de Bernardo Vieira, zona rural de Serra Talhada, para conferir a informação da existência de pedras em um terreno rochoso que possui inscrições rupestres entalhadas.
As pedras ficam no sítio arqueológico denominado de Serra do Catolé, distante cerca de 6 km da Pedra do Reino, local onde ocorreu o movimento de fanáticos sebastianista que resultou em dezenas de mortes, em maio de 1838.
A descoberto foi feita pelo servidor público municipal e padeiro, Expedito, mais carinhosamente conhecido como Netinho. Segundo ele, as três pedras com as gravuras foram encontradas há pouco mais de um ano.
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“Há um ano um rapaz me falou dessas pedras, e eu curioso, vim aqui. Aqui era cheio de mato, e eu desmatei para a gente ver melhor. Ai eu fiz um vídeo e mandei para o Farol. Já a visita do pessoal do IHGPajeú e do arqueólogo Fabiano”.
Netinho explicou também o significado dado pelo arqueólogo para algumas das gravuras. “Esse aqui seria um rio (ao lado das pedras passa um carrego), ali seria o sol, e aqui como se fosse uma escada”.
O fato é que as gravuras lembram as existentes na Pedra do Ingá, no interior Paraibano. No caso da Pedra do Ingá, os Arqueólogos, como Dennis Mota e Vanderley de Brito, acreditam que as inscrições tenham sido feitas ao longo de gerações, por comunidades seminômades em passagens um pouco mais prolongadas pela região, e que teriam usado cinzéis de pedra para esculpir os sinais na rocha, há cerca de 6000 anos.
Para outra as gravuras seriam heranças do período paleolítico, na fase da pedra polida.
LOCAL PARA SACRIFÍCIOS
Netinho defende a tese de que em todas as pedras foram criados espaços para sacrifícios. “Eu acredito que nesses locais foram sacrificados animais ou serem humanos”. Caso o raciocínio de Expedito Netinho esteja certo, o local pode está cercado por fósseis de animais ou de seres humanos em sua fase primitiva.
A GRAVURAS TERIAM SIDO ESCULPIDAS POR ET’s?
Uma das características das gravuras são a simetria dos círculos, a organização das linhas que em zigue e zague, os espaços bem coordenados. Escritas bem elaboradas para seres humanos ainda em vivendo em uma etapa primitiva.
Mas, algo de diferente surgiu aos olhos da fotografa do Farol, Licca Lima, que verifica em uma das pedras um conjunto de desenhos que dão formas a uma imagem de um suposto ser não identificado.
Em vários lugares do mundo, teorias envolvendo gravuras com formas e estéticas bem elaboras, tanto em pedras, como em plantações, estimulam a ideia de que essa seria uma ação de seres não identificados, ou extraterrestres.
Lógico, que esse é o assunto para ufólogo. No nosso entender, que as gravuras encravadas as pedras do sítio arqueológico da Serra do Catolé, nas terras da professora Vilma Jurubeba, deve ser estudo por arqueólogo de diferente Universidade e Centros de Pesquisa Históricas.
A FALTA DE PLACAS DE LOCALIZAÇÃO E DE ORIENTAÇÕES PODEM PREJUDICAR A ESTRUTURA DO LOCAL
Diante da importante descoberta, faz-se necessário que a Fundação Cultural de Serra Talhada, em parceria com os Instituto Histórico e Cultural de Serra Talhada e o IHGPajéu, estabelecem limites para o acesso aos curiosos e visitantes, evitando a depredação da das pedras que são sedimentares.
Além de colocar placas com indicações e orientações sobre o sítio arqueológico.
Na próxima reportagem você conhecer o pouco dos pontos históricos da Vila de Bernardo Vieira e das várias coleções do Expedito Netinho.
Fonte: faroldenoticias.com.br