Por Paulo César Gomes, professor, historiador, escritor, colunista do Farol e Apresentador da TV Farol
A complexa situação do partido Avante em Serra Talhada, com cinco pré-candidatos, expõem algumas fragilidades da legenda no município. A principal delas é a falta de coesão.
É lógico que na democracia a divergência é um traço importante. Bem como, a participação no debate com apresentação de idéias e indicação de nomes.
Porém, o debate dos pré-candidatos do Avante passou a ser, exclusivamente, em torno de nomes e defesa dos seus históricos de vida e de militância.
No tocante a projetos que possam vir a melhorar a cidade, até agora nada de produtivo foi apresentado. Em resumo: o processo tem transcorrido de forma ‘vazia’.
Outro fato extremamente contraditório é a participação ativa da base governista em uma escolha que, teoricamente, seria do Avante.
Caberia ao Avante indicar o nome do vice na chapa encabeçada pela prefeita Márcia Conrado.
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Ou seja, a legenda deveria debater internamente e apresentar um único nome. Essa atitude evitaria muitos burburinhos.
Recentemente, este colunista ouviu de um integrante do Avante, informalmente e no reservado, a sua insatisfação. Ele reclamou da postura de parte dos vereadores, secretários e outros membros do governo Márcia Conrado em relação ao apoio ao pré-candidato Dr. Leirson Magalhães.
O integrante do partido Sebastião Oliveira e Waldemar Oliveira, ainda acrescentou um comentário crítico.Pedindo anonimato, sobre a postura de Dr. Leirson.
“Ele (Dr. Leirson), não era filiado ao Avante, era do PSB. Rompeu com o nosso grupo em junho de 2023, e desde então passou a fazer campanha para vice. Agora, como não tinha espaço se filiou ao Avante no mês de março, já no meio da janela (partidária)”.
O fato é que o clima interno do Avante não é tão pacífico como aparenta ser. Porém, é preciso observar com bastante serenidade os próximos passos desse processo político e esperar que a qualidade do debate melhore.
Precisamos de candidatos com mais conteúdo (político) e com menos ‘curtidas’ nas redes sociais. Políticos fabricados apenas com base no marketing ou em ‘reels do instagram’ me parece ser uma afronta à inteligência do eleitor.
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Fonte: faroldenoticias.com.br
