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Violência armada dispara no Grande Recife: número de vítimas por bala perdida sobe 350% em julho

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Violência armada dispara no Grande Recife: número de vítimas por bala perdida sobe 350% em julho

O mês de julho foi marcado por uma escalada alarmante da violência armada na Região Metropolitana do Recife, conforme aponta o sétimo relatório mensal de 2025 do Instituto Fogo Cruzado. Nove pessoas foram atingidas por balas perdidas: três morreram e seis ficaram feridas. O aumento é de 350% em relação ao mesmo período do ano passado, quando duas pessoas foram baleadas nessas circunstâncias e sobreviveram.

Os dados revelam que, em média, quase duas pessoas foram baleadas por semana sem sequer serem alvos diretos dos disparos, evidenciando o impacto da violência armada sobre a população civil.

Roubos também resultaram em mortes e feridos

Outro ponto de atenção do relatório é o número de pessoas baleadas durante roubos ou tentativas de assalto. Em julho, sete pessoas foram atingidas nessas situações — três morreram e quatro ficaram feridas. Um ano antes, apenas uma pessoa foi baleada nesse tipo de crime e sobreviveu, o que representa um salto expressivo nesse tipo de ocorrência.

Mais tiroteios, mais feridos

Durante o mês, foram registrados 109 tiroteios ou disparos de arma de fogo na RMR — número ligeiramente inferior ao de julho de 2024, que teve 118 casos, o que representa uma queda de 8%. No entanto, a maioria desses confrontos teve vítimas: 94% dos tiroteios resultaram em mortos ou feridos.

Ao todo, 127 pessoas foram baleadas no Grande Recife em julho. Destas, 84 morreram e 43 ficaram feridas. Embora o número de mortes tenha recuado 20% em relação a julho de 2024, quando 105 pessoas morreram, o total de feridos mais que dobrou, registrando um aumento de 126% (em 2024, foram 19 feridos).

Comparativo com junho mostra tendência de alta em feridos

Na comparação com junho deste ano, que teve 104 tiroteios e 119 pessoas baleadas (90 mortes e 29 feridos), julho apresentou crescimento de 5% no total de tiroteios e um salto de 48% no número de feridos. Já as mortes recuaram 7%, refletindo um possível deslocamento do padrão letal da violência armada na região.

Os dados reforçam a urgência de políticas públicas mais eficazes para o controle da violência e segurança da população, especialmente diante do aumento expressivo de vítimas indiretas em conflitos armados.

Fonte: pernambuconoticias.com.br

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