Após três dias de intensa atividade policial, a ação conjunta entre as Forças de Segurança de Pernambuco e do Ceará foi encerrada no último domingo (9), com resultados expressivos, demonstrando que a união entre os estados faz toda a diferença no combate à criminalidade. O balanço final da Operação Divisa Integrada resultou em um total de 39 prisões, das quais 25 foram cumprimentos de mandados e outras 14 em flagrante pela prática de diversas modalidades criminosas. Houve, ainda, a efetivação de 25 mandados de busca e apreensão.
A parceria entre a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS-PE) e a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE) foi iniciada ainda na madrugada de sexta-feira (7), envolvendo 556 agentes de ambos os estados, que foram lançados a partir da cidade cearense de Juazeiro do Norte e atuaram em 15 municípios para o enfrentamento à violência na região. O foco da mega-operação foi, sobretudo, o combate ao tráfico de drogas e a prisão de foragidos da Justiça. O esforço conjunto envolveu ações preventivas, ostensivas, repressivas e de Polícia Judiciária.
Em relação ao tráfico de drogas, foram apreendidos cerca de 3,5 quilos de drogas. Ainda durante a Operação, os policiais retiraram de circulação 4 armas de fogo e 1 arma branca. Também foram apreendidos diversos objetos, como 16 munições, 10 motocicletas, 1 carro, 1 caminhão, 2 celulares, 1 balança de precisão, 2 cartões de crédito e R$ 2.527,35 em dinheiro.
A secretária-executiva da SDS, Dominique de Castro Oliveira, pontuou que as operações integradas com os estados vizinhos a Pernambuco já se tornaram um marco, um símbolo na história do Programa Juntos pela Segurança, com edições já realizadas em parceria com a Paraíba e a Bahia. “Neste último final de semana, realizamos a primeira deflagração ostensiva da Operação Divisa Integrada com o Ceará e finalizamos os trabalhos com resultados muito promissores, com mais de 60 procedimentos judiciais, entre cumprimentos de mandados de prisão, de busca e apreensão, de flagrante delito e apreensões diversas, a exemplo de substâncias entorpecentes e de veículos. Porém, o mais importante é o símbolo dos estados trabalhando em parceria, com o lançamento de todos os entes da segurança pública em terreno de forma conjunta, causando um grande impacto. Porque a mensagem é: assim como muitas vezes a criminalidade não respeita divisas, os entes de segurança estão unidos na troca de informações, estratégias e com um amplo planejamento para frear essa criminalidade, garantindo a segurança da população pernambucana e cearense”, assegurou a secretária-executiva da SDS.
De acordo com o secretário-executivo de Ações Integradas e Estratégicas da Secretaria da SSPDS, Sérgio Pereira, a Operação Divisa Integrada é, em grande parte, resultado do trabalho de inteligência desenvolvido pelos dois estados, do levantamento de endereços e de representações cautelares. “Para além dos números, aprimoramos a nossa capacidade de operar com secretarias de Segurança de outros estados, e isso confirmou a nossa capacidade de organizar, planejar e executar operações complexas”, observou o secretário-executivo cearense.
Ainda, segundo ele, para além das 39 prisões e dos 25 mandados de busca e apreensão cumpridos, a Operação ainda permitirá desdobramentos que aperfeiçoarão o trabalho investigativo da polícia. “Não consideramos que a operação esteja totalmente encerrada. Ainda tem alguns alvos que estamos tentando localizar, mas, em um curto espaço de tempo, a população pode ficar segura que serão presos e colocados à disposição da Justiça”, concluiu.
OPERAÇÃO TAPIAS – Durante o primeiro dia de atuação na Divisa Integrada, a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), com apoio da Polícia Civil do Ceará, desencadeou a 6ª Operação de Repressão Qualificada do ano de 2025. Denominada Tapias, a operação de repressão ao crime organizado teve como objetivo desarticular um grupo que atuava há pelo menos 5 anos, causando prejuízos e lesando idosos e beneficiários do INSS.
A organização criminosa era especializada em furto de cartões magnéticos de idosos e vulneráveis dentro de agências bancárias, estelionato, falsificação de documentos e lavagem de dinheiro. As investigações tiveram início em julho de 2024, identificando a atuação do grupo nos estados de Pernambuco, Ceará e Piauí.
No total, foram confirmados 12 golpes nos três municípios. Na execução, foram empregados 60 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, que efetuaram 6 mandados de prisão preventiva e 11 mandados de busca e apreensão. Outras 5 pessoas estão foragidas, mas já tiveram suas prisões preventivas decretadas pela Vara Criminal da Comarca de Serrita.
Também foram apreendidos documentos em nome de terceiros, cartões bancários e maquinetas de cartão, além de 1 CPU e 4 celulares. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e fortalecer as provas.
Fonte: vilabelaonline.com