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Bebê de 1 ano morre com pulmões perfurados após procedimento médico e família denuncia possível erro

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Bebê de 1 ano morre com pulmões perfurados após procedimento médico e família denuncia possível erro

Um menino de apenas 1 ano e 10 meses morreu horas após ser submetido a um procedimento médico considerado de rotina, realizado em uma unidade hospitalar particular do Recife. João Miguel Alves da Silva sofreu perfurações nos dois pulmões e foi diagnosticado com pneumotórax pouco tempo depois da intervenção, segundo a família, que denuncia um possível erro médico.

O caso ocorreu em janeiro deste ano e é alvo de inquérito da Polícia Civil, que informou que as investigações estão em fase conclusiva. A criança havia sido internada após episódios intensos de vômito e, após a realização de um exame de raio-X, foi diagnosticada com pneumonia.

Durante a internação na UTI, um acesso venoso central foi feito pela cirurgiã responsável. O procedimento consiste na introdução de um cateter em uma veia do tórax para facilitar a administração de medicamentos. No entanto, segundo relatos da família, a criança começou a apresentar dificuldades respiratórias logo após a intervenção.

A avó foi a primeira a notar que o menino não respirava normalmente. Em seguida, uma médica de plantão avaliou a situação e comunicou que seria necessário entubá-lo. Poucas horas depois, a equipe médica constatou que os dois pulmões haviam sido perfurados, o que resultou em um quadro grave de pneumotórax — acúmulo de ar na cavidade torácica que pode comprometer severamente a função pulmonar.

De acordo com a mãe, Thais Paulino da Silva, a profissional responsável admitiu que há risco de perfuração em casos como esse, mas disse não entender como os dois pulmões foram atingidos, já que o procedimento é feito apenas de um lado do tórax.

O menino foi submetido a uma cirurgia para drenagem do ar acumulado, realizada pela mesma cirurgiã. Após o procedimento, a médica informou que tudo havia transcorrido bem. No entanto, ao ser transferido de volta para a UTI, João Miguel entrou em parada cardiorrespiratória e precisou de manobras de reanimação.

Na madrugada seguinte, os pais receberam a notícia de que o filho não resistiu. O pai da criança, que trabalhava como maqueiro na unidade hospitalar, chegou a questionar o local onde o procedimento foi realizado. Segundo ele, o protocolo indicaria o centro cirúrgico como o ambiente ideal, mas foi informado que a UTI possuía estrutura para tal.

A família registrou boletim de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) e também acionou o Cremepe (Conselho Regional de Medicina de Pernambuco) para abertura de sindicância. Em nota, a instituição médica mencionou seguir protocolos técnicos rigorosos e reforçou seu compromisso com a segurança dos pacientes.

Ainda emocionalmente abalada, Thais revelou que o pai de João Miguel pediu desligamento do hospital onde trabalhava. “Ele se sentiu como se tivesse traído o nosso filho”, afirmou.

Fonte: pernambuconoticias.com.br

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