Por Juliana Lima
Do Blog Júnior Campos
A relação entre o prefeito de Tuparetama, Diógenes Patriota, e seu ex-aliado e padrinho político, Sávio Torres, continua se deteriorando, e os desdobramentos mais recentes escancaram o distanciamento entre os dois.
O mais novo capítulo dessa disputa envolve a visita que a governadora Raquel Lyra faria ao município, mas que acabou sendo cancelada a pedido de Sávio, segundo fontes próximas ao grupo.
Diógenes, que já havia mobilizado toda a estrutura para receber a governadora – incluindo até carro de som convocando a população –, ficou visivelmente contrariado com o cancelamento. O descontentamento foi tanto que, em retaliação, o prefeito decidiu não acompanhar Raquel Lyra em nenhuma outra cidade da região, optando por permanecer em Tuparetama. Nos bastidores, Diógenes já confidencia que apenas “tolera” Raquel até 2026, mas que pretende dar o troco e apoiar João Campos na eleição estadual seguinte.
Enquanto isso, Sávio Torres segue consolidando seu afastamento de Diógenes e já articula o futuro político do grupo. Em conversas reservadas, ele tem dito que, em 2028, seu candidato a vice-prefeito será Alexandre Galvão ou Gustavo Galvão. O movimento não é por acaso: Alexandre sempre votou em Sávio e nunca esteve com a oposição, mas declarou apoio a Diógenes na última eleição. Agora, Sávio tem trabalhado para estreitar ainda mais essa aliança, se reaproximando de Alexandre com encontros frequentes e diálogos estratégicos semanais.
Mesmo sem uma nota oficial anunciando o rompimento, aliados próximos afirmam que a relação entre Diógenes e Sávio já está completamente desgastada. A única razão para manter a aparência de unidade, segundo um secretário municipal, é o calendário eleitoral: Sávio só pretende oficializar a ruptura após as eleições de 2026.
Além das movimentações políticas, os ataques velados continuam. Durante o Carnaval, Diógenes fez questão de discursar destacando que estava resgatando a tradição carnavalesca que seu pai promovia, numa crítica indireta, mas evidente, aos governos de Sávio, que comandaram a cidade após a gestão de Vitalino.
Com esse cenário, a política de Tuparetama segue em ebulição, e os próximos meses prometem novos capítulos dessa disputa pelo protagonismo político local.
« Voltar
Fonte: blogjulianalima.com.br