A defesa dos acusados foi realizada pelos advogados Rodrigo Piancó e José Ivonaldo. Na última segunda-feira (15.04) foi realizado o júri popular dos dois irmãos acusados de serem os autores do assassinato de Zé de Tobias, ocorrido em Santa Terezinha. Zé de Tobias foi brutalmente assassinado em maio de 2000 com pelo menos 26 disparos de arma de fogo que o alvejaram no corpo e na cabeça.
Depois de longos 24 anos da data do fato, os então suspeitos foram finalmente julgados. Os dois irmãos sempre negaram qualquer tipo de participação na morte de Zé de Tobias.
Ao que tudo indica, o ponto de virada fundamental para o desfecho desse caso emblemático foi um parecer técnico pericial trazido ao processo pela defesa dos réus. Dr. Rodrigo Piancó contactou um amigo perito criminal expert em balística para analisar o material pericial produzido nos autos, pois suspeitou de graves inconsistências. O perito criminal contatado concluiu não haver nenhuma evidência técnica que vinculasse os acusados ao fato criminoso.
A gravidade do lapso técnico ocorrido no processo e apontado pela defesa foi de tamanha relevância que o próprio representante do Ministério Público local, Dr. Aurinilton Leão, se mostrou convencido e, pedindo desculpas aos familiares da vítima, asseverou que o Estado falhou na investigação da morte de Zé de Tobias. Com isso, requereu que o Conselho de Sentença absolvesse os réus.
Embora o advogado da família da vítima tenha sustentado em plenário haver provas para condenação, após a fala da defesa promovida pelo Dr. Rodrigo Piancó, os jurados/as entenderam pela absolvição dos réus.
O colega parceiro blogueiro Marcello Patriota entrou em contato com o Advogado Dr. Rodrigo Piancó para falar sobre o assunto, ele disse: ” Estou tranquilo e sereno com o resultado do júri, uma vez que os jurados conseguiram compreender os erros constantes no processo e evitaram que uma injustiça ocorresse com a condenação de dois inocentes.”
Com isso, tem-se que depois de 24 anos da morte de Zé de Tobias ainda não se sabe exatamente quem cometeu o bárbaro crime. Para a justiça o que ficou definido é que não foram os filhos de Durval.
O júri foi presidido pela juíza Dra. Tayná Lima Prado.
Fonte: www.blogdopereira.net