A Justiça de Pernambuco rejeitou a tese de legítima defesa e negou a absolvição sumária do policial militar acusado de matar a tiros o motoqueiro de aplicativo Thiago Fernandes Bezerra, de 23 anos, em Camaragibe, no Grande Recife. Ele irá sentar no banco dos réus.
O crime, finalmente por uma câmera de segurança, aconteceu durante discussão após uma corrida de R$ 7, no bairro de Santa Mônica, na tarde de 1º de dezembro de 2024. Na ocasião, o sargento Venilson Cândido da Silva, 50, atirou na vítima e fugiu para a residência onde morava, no Condomínio Real Garden. Ele acabou capturado por populares, pouco depois, ao tentar entrar em um ônibus.
“As provas colhidas na fase investigativa indicam que o denunciado, em tese, praticou o crime descrito na denúncia, estando presentes, portanto, os indícios de autoria nos autos, que recaem sobre o acusado. (…) A vítima, ao visualizar a arma de fogo empunhada pelo denunciado [policial], imediatamente cessou qualquer reação e ergueu os braços, assumindo postura defensiva”, pontuou a juíza Marília Falcone Gomes, em decisão nessa quarta-feira (12).
“O disparo efetuado não pode ser interpretado como um meio necessário para repelir agressão injusta, uma vez que inexistia qualquer perigo iminente à integridade física do denunciado”, completou.
O sargento está preso preventivamente no Centro de Reeducação da Polícia Militar (Creed), em Abreu e Lima. Ele é réu por homicídio qualificado (motivo fútil).
Fonte: blogdocauerodrigues.com.br