A cada nova denúncia, cresce o sentimento de revolta entre os moradores de Pesqueira, no Agreste pernambucano. A cidade, mergulhada em uma crise moral e institucional, assiste estarrecida à decisão da Justiça que autorizou o retorno ao cargo do prefeito Cacique Marcos Xukuru (Republicanos) e dos vereadores Sil Xukuru (PT) e Pastinha Xukuru (PP), todos réus por crimes graves como corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A comunidade assiste episódios onde figuras públicas investigadas por, supostamente, desviar mais de R$ 15,7 milhões dos cofres da cidade estejam de volta ao poder como se nada tivesse acontecido.
A Operação ‘Pactum Amicis’, da Polícia Civil, trouxe à tona acusações alarmantes: fraudes em licitações, favorecimento de empresários em troca de apoio político e enriquecimento pessoal, incluindo o recebimento de R$ 77 mil em dinheiro e até uma caminhonete Hilux.
Enquanto a justiça hesita, a confiança da população nas instituições se esvai. O afastamento 30 dias foi uma medida simbólica diante da gravidade das acusações. Mesmo após o Ministério Público apresentar denúncia aceita pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, o retorno dos réus aos cargos revela uma desconexão brutal entre os anseios do povo e a resposta do sistema judicial.
A comunidade está indignada.
Nas ruas o povo reclama por respostas firmes contra a corrupção que paralisa o progresso de Pesqueira. Não se trata mais de política — é uma questão de dignidade. Os moradores exigem respeito e responsabilidade e que os interesses públicos estejam acima de conchavos e esquemas obscuros.
Fonte: blogdocauerodrigues.com.br