Por Evandro Lira
O fechamento da loja física da Neoenergia em Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, já começa a trazer reflexos negativos para a população local e das cidades vizinhas. Um espaço que antes resolvia demandas complexas na hora, como negociações de débito, pedidos de ligação, emissão de segunda via de contas e atendimentos presenciais agora está com as portas fechadas, o prédio à venda, e a população sem suporte real.
Quem primeiro alertou para o fechamento da unidade foi o jornalista e blogueiro Evanndro Lira, conhecido como “O Secretário do Povo”, durante sua participação no programa Manhã Total, na Rádio Pajeú, com o jornalista Nill Júnior, ainda no mês de maio. A informação causou surpresa e preocupação entre os moradores.
O que muda na prática?
Com o encerramento das atividades da loja da Neoenergia, restaram apenas dois pontos de atendimento alternativos no comércio local, um na Rua 15 de Novembro e outro na Rua 7 de Setembro. Mas até agora, nenhum deles tem sistema ativo ou pessoal treinado para prestar atendimento completo. A única funcionalidade disponível, por enquanto, é o pagamento da conta de luz.
Serviços essenciais, como religação de energia, atualização cadastral e resolução de pendências, agora podem levar até três dias úteis, o que compromete o bem-estar de milhares de consumidores que antes eram atendidos com agilidade.
E o motivo?
A Neoenergia, uma das gigantes do setor elétrico brasileiro, alegou corte de custos operacionais como justificativa para o fechamento. Um argumento que soa contraditório diante dos bilhões em lucros que a empresa registra anualmente. E o que mais revolta: a decisão foi tomada sem diálogo com os moradores e sem preparo das novas estruturas de atendimento.
Uma mudança que gera indignação
O que era resolvido de forma simples e rápida agora se transformou em dor de cabeça. Além do transtorno, o fechamento representa um retrocesso no acesso a direitos básicos, especialmente para quem não tem acesso à internet ou enfrenta dificuldades com atendimento digital.
No momento da reportagem, foi possível registrar até mesmo equipamentos ainda dentro do prédio da antiga loja, indicando que a retirada nem sequer foi concluída. Ou seja, tudo aconteceu de forma abrupta e sem planejamento visível.
A população pergunta: para onde vai tanto lucro?
O que se vê é uma empresa que cresce em arrecadação, mas encolhe na prestação de serviços. Em tempos onde a humanização do atendimento deveria ser prioridade, a Neoenergia opta por enxugar a estrutura e deixar a população no escuro, literalmente e figurativamente.
Conclusão
A população de Afogados e região merece respeito e um serviço digno de uma empresa do porte da Neoenergia. Cortar atendimento presencial sem garantir uma alternativa funcional é desrespeito com quem paga a conta e com quem depende do serviço.
A pergunta continua no ar:
Até quando empresas gigantes vão seguir economizando às custas da dignidade dos consumidores?
Fonte: blogdocauerodrigues.com.br














