Preso por suspeita de estuprar uma mulher de 48 anos dentro de um posto do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), no Cabo de Santo Agostinho, o subtenente Valério negou, em depoimento, ter mantido relação sexual com a denunciante. Segundo ele, a acusação teria sido motivada por uma possível vingança. A oitiva ocorreu na quarta-feira (15) e, logo após, a Secretaria de Defesa Social (SDS) informou a prisão do militar.
Na versão apresentada aos oficiais responsáveis pelo inquérito militar, o episódio aconteceu durante uma blitz de trânsito na noite de sexta (10). O carro da mulher foi parado e, ao ser verificada a documentação, teria sido constatado licenciamento 2024 vencido. Valério disse que a equipe repassou o caso para que ele inserisse a multa no sistema, mas alegou não ter conseguido acessar a plataforma porque havia trocado de celular.
Ainda conforme o depoimento, a mulher ligou, em viva-voz, para o antigo proprietário do veículo para questionar débitos pendentes. O subtenente relatou que o homem teria sido ríspido e a humilhado, o que a deixou abalada. Ele afirmou que, por ser tarde da noite e pela dificuldade de acesso ao sistema de notificação, decidiu não apreender o automóvel.
O militar contou que a denunciante estava com a família no veículo, agradeceu o atendimento e afirmou nunca ter passado por tamanha humilhação do antigo dono. Disse, também, que ela pediu um copo d’água e foi acompanhada por ele até a recepção do posto, onde há bebedouro. Valério argumentou que a entrada foi controlada por se tratar de unidade militar com armamentos e equipamentos. Segundo o depoimento, a mulher teria deixado um contato telefônico e dito possuir uma residência em Gaibu disponível para aluguel a famílias interessadas.
Ao ser questionado de forma direta na oitiva, o subtenente negou ter feito sexo com a denunciante e declarou ser casado e pai de dois filhos. Ele sustentou que outros veículos eram abordados no mesmo horário e que essas pessoas poderiam ser identificadas como testemunhas.
Antes do deslocamento ao Cabo de Santo Agostinho, Valério afirmou que cumpria ordem de serviço em apoio à Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente, no município de Itambé, e depois seguiu para o Posto 06 para atuar na Operação Venari. A investigação segue em curso no âmbito militar.
Fonte: pernambuconoticias.com.br