Pernambuco

Violência armada deixa 11 mulheres baleadas na Região Metropolitana do Recife em novembro

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Violência armada deixa 11 mulheres baleadas na Região Metropolitana do Recife em novembro

A violência armada continua a assolar a Região Metropolitana do Recife (RMR), com 11 mulheres baleadas durante o mês de novembro, de acordo com o relatório mensal do Instituto Fogo Cruzado. Das vítimas, nove morreram e duas ficaram feridas, configurando o maior número de mortes femininas desde janeiro deste ano, que também registrou nove vítimas fatais.

Entre os casos mais chocantes, está o de Fernanda Luiza Fernandes, de 27 anos, assassinada pelo ex-companheiro no dia 18, e o de Dhafyne Ashley Lagos Portela, de 15 anos, morta após ser baleada acidentalmente enquanto estava em casa no bairro de São José, área central do Recife, no dia 25.

Em novembro, a RMR registrou 117 tiroteios ou disparos de arma de fogo. Apesar de representar uma redução de 29% em comparação com novembro de 2023, quando 165 tiroteios ocorreram, a letalidade segue alta: 129 pessoas foram baleadas, das quais 101 morreram e 28 ficaram feridas.

Entre as vítimas, também estão três agentes de segurança, todos fora de serviço. Dois morreram e um ficou ferido, destacando a exposição à violência mesmo fora do horário de trabalho.

Queda nas mortes, mas feridos aumentam

Embora o número de mortes tenha caído 28% em relação a novembro de 2023, os feridos subiram 39% em comparação com o mês anterior, outubro de 2024, quando foram registrados 39 feridos contra os 28 deste mês.

A coordenadora regional do Instituto Fogo Cruzado, Ana Maria Franca, alerta sobre a gravidade do cenário:
“Casos como os de novembro na RMR são cotidianos. Mais de 90% dos tiroteios resultam em vítimas. Sem um plano estadual de segurança executado de forma transparente, Pernambuco seguirá sendo um dos estados mais violentos do país.”

Ações necessárias

O relatório expõe a urgência de medidas de prevenção e combate à violência armada, além de reforçar a importância de políticas públicas específicas para mulheres e agentes de segurança. Em cidades como o Recife (saiba mais), as ações precisam priorizar tanto a segurança pública quanto a proteção social para reduzir tragédias como as registradas em novembro.

A sociedade cobra transparência e efetividade na execução do plano estadual de segurança para evitar que números tão alarmantes continuem a se repetir nos próximos meses.

Fonte: pernambuconoticias.com.br

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