Entre janeiro e setembro de 2025, ao menos 362 pessoas foram baleadas dentro de casa em quatro regiões metropolitanas brasileiras. O dado, que representa um aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2024, revela um cenário alarmante: do total, 307 vítimas morreram e 55 ficaram feridas, segundo levantamento do Instituto Fogo Cruzado.
A maior parte dos casos ocorreu por homicídios ou tentativas de homicídio, que somaram 264 vítimas. Também foram registrados 75 baleados durante operações policiais e 20 em brigas domésticas ou interpessoais.
A Região Metropolitana do Recife apresentou a maior concentração de vítimas no país: 174 pessoas baleadas em casa, das quais 146 morreram e 28 ficaram feridas. Isso representa 48% do total nacional. Apesar dos números altos, a variação em relação ao ano anterior foi pequena — em 2024, haviam sido 165 baleados (139 mortos e 26 feridos) na região.
Rio de Janeiro tem pior aumento proporcional
A capital fluminense e sua região metropolitana registraram o crescimento mais expressivo entre os períodos comparados. Em 2025, foram 53 baleados dentro de casa — aumento de 83% em relação a 2024, quando houve 29 vítimas. O salto veio acompanhado de um maior número de mortos: 37 este ano, contra 21 no ano anterior.
Salvador também apresenta crescimento
A Região Metropolitana de Salvador também viu seus números subirem. Foram 101 baleados dentro de casa até setembro de 2025, com 91 mortes confirmadas e 10 pessoas feridas. Em 2024, o número de baleados era 84, com 74 mortos e o mesmo número de feridos.
Belém do Pará foi exceção com queda de 45%
A única região que apresentou queda nos números foi Belém do Pará. Em 2025, 34 pessoas foram baleadas em casa, contra 62 no mesmo intervalo de 2024 — uma redução de 45%. No entanto, a letalidade aumentou: das 34 vítimas, 33 morreram, o que representa uma taxa de mortalidade de 97%.
O levantamento reforça a gravidade da violência armada mesmo em ambientes considerados de proteção e refúgio, como as residências. A maior parte das vítimas foi baleada dentro de casa durante ações criminosas, indicando um padrão de violência direcionada e, em muitos casos, letal.
Fonte: pernambuconoticias.com.br














