O ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, esteve em Serra Talhada nesta quinta-feira (14) acompanhado do presidente do IPA, Miguel Duque, para anunciar um investimento de R$ 2 milhões na Estação de Piscicultura do Instituto Agronômico de Pernambuco. O recurso será destinado ao projeto topográfico, execução e modernização da estrutura, além da expansão da capacidade produtiva da unidade.
Mas, ao falar com exclusividade ao Blog Júnior Campos, André deixou claro que a agenda era também política e que o recado tinha endereço certo. Questionado sobre as eleições de 2026, rebateu declarações recentes do prefeito do Recife, João Campos, que ironizou a importância de prefeitos na construção de palanques.
“Talvez pela juventude, João tenha essa opinião, mas o futuro vai mostrar que ele está equivocado. Eduardo Campos, que foi meu colega, e antes dele o avô, Miguel Arraes, sempre souberam da importância que tem uma liderança municipal e faziam de tudo para trazer prefeitos para perto. João, nesse aspecto, não aprendeu com o pai nem com o avô”, disparou.
Defensor da reeleição, o ministro afirmou que, desde que a regra foi aprovada, nenhum governador pernambucano deixou de renovar o mandato e que Raquel Lira está em posição sólida para manter essa escrita.
“Estou muito confiante na reeleição da governadora e vou trabalhar intensamente por isso. Quem está no governo tem muita força. Se ela tivesse feito só política e descuidado da gestão nesses dois anos e meio, hoje estaria enfraquecida. Mas o Estado está equilibrado e entregando resultados”, avaliou.
André também classificou como “grande acerto” a mudança de Raquel para o PSD, partido comandado por Gilberto Kassab.
“Ela ingressou numa legenda sólida, em crescimento, com projeto nacional de poder. Hoje, é um quadro visto na prateleira de um partido de dimensão nacional. Ao contrário do PSDB, que perdeu seus principais nomes, o PSD cresce e atrai lideranças qualificadas, como Eduardo Leite e Paulo Hartung”, pontuou.
Sobre 2026, o ministro indicou o cenário que acredita ser o ideal para o presidente Lula:
“Ele gostaria de ter ao lado da sua reeleição o apoio de João Campos e de Raquel Lira. O apoio formal do PT é possível que vá para João, até pela posição dele como presidente nacional do PSB e por ter o vice-presidente na chapa de Lula. Mas a parceria entre Raquel e Lula é aplaudida até por quem não gosta do presidente. Se ela não estivesse perto dele, seria ruim para Pernambuco. E essa relação é respeitosa e republicana”, disse, afirmando que testemunha a “admiração mútua” entre a governadora e o presidente.
E completou:
“As questões de palanque e coligações vão se definir naturalmente no tempo certo. Até lá, seguimos governando, ajudando a população, fazendo Pernambuco avançar e, se Deus quiser, vamos ter um clima de harmonia em torno da candidatura do presidente Lula.”
Fonte: blogdocauerodrigues.com.br













