Nos últimos dez dias, a Polícia Militar registrou 109 chamados denunciando o uso indevido das chamadas “gel blasters” na Região Metropolitana do Recife, uma média de mais de 10 ocorrências diárias. A ausência de regulamentação específica sobre o uso dessas armas preocupa autoridades e expõe a necessidade de maior controle por parte das famílias, segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS).
As “gel blasters”, que simulam armas de fogo e disparam pequenas bolinhas de gel, se tornaram uma febre nas comunidades, especialmente entre jovens. Apesar de serem vendidas como brinquedos, o uso indiscriminado tem causado sérios problemas. Segundo a Fundação Altino Ventura (FAV), até esta segunda-feira (9), 50 casos de ferimentos provocados por essas armas foram registrados, sendo 7 apenas no bairro de Água Fria, na Zona Oeste do Recife.
Disponíveis em feiras populares e barracas no Centro do Recife, as armas de gel são vendidas por preços entre R$ 90 e R$ 150, o que facilita seu acesso por crianças e adolescentes. No entanto, o impacto dos disparos pode causar ferimentos sérios, principalmente nos olhos, levando a necessidade de atendimento médico especializado.
A SDS reforça que o uso dessas armas ainda é um “terreno subjetivo”, uma vez que a legislação não prevê restrições específicas para elas. Contudo, situações de ameaça ou lesão envolvendo “gel blasters” podem ser enquadradas como crimes dependendo das circunstâncias.
Alerta às famílias e medidas necessárias
A Polícia Militar e a SDS pedem que pais e responsáveis assumam maior controle sobre o uso desses equipamentos, enfatizando que, apesar de serem vendidos como brinquedos, seu uso em espaços públicos e comunidades tem causado danos físicos e colocado a segurança de terceiros em risco.
A onda de incidentes com essas armas no Recife reforça a necessidade de uma regulamentação urgente para coibir abusos e evitar novos casos de violência.
Fonte: pernambuconoticias.com.br