Nesta segunda-feira (4), o Recife se tornou palco de um importante encontro nacional para fortalecer o combate aos efeitos da síndrome congênita associada ao Zika vírus. O colóquio, promovido pelo Ministério da Saúde (MS), acontece no Instituto Aggeu Magalhães – Fiocruz e reúne representantes da saúde pública de todo o país, com o objetivo de intensificar a vigilância e aprimorar o atendimento integral às crianças e famílias afetadas pelo vírus. O evento se estenderá até esta terça-feira (5).
Entre as ações discutidas, destaca-se o fortalecimento de uma rede de atendimento integrada, voltada para a reabilitação e assistência a longo prazo das crianças com microcefalia e outras complicações neurológicas associadas ao vírus. A secretária de Saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti, ressaltou o empenho do estado para reduzir as filas de cirurgia para as crianças com essas necessidades. “Já investimos mais de R$ 3 milhões em convênio com a Fundação Maria Lucinda para a realização de 200 procedimentos cirúrgicos em crianças que necessitam de correção de quadril, promovendo uma vida com mais qualidade para elas”, afirmou Cavalcanti, destacando a intenção de zerar a lista de espera.
A secretária de Vigilância em Saúde do Governo Federal, Ethel Maciel, também enfatizou o compromisso do Ministério da Saúde com as famílias afetadas pela síndrome congênita do Zika. “Esse é o nosso compromisso, e estaremos lado a lado com vocês para resolver as questões mais urgentes. Nossa prioridade vai além das cirurgias: queremos garantir acesso a especialistas e cuidados essenciais às crianças, que são cidadãos e cidadãs deste país”, afirmou.
Desafios e novas estratégias de atendimento
Desde o surto de Zika em 2015, o Brasil tem enfrentado o impacto da síndrome congênita causada pelo vírus, que gerou um aumento expressivo nos casos de microcefalia e outras condições neurológicas graves em recém-nascidos. A importância do colóquio está na elaboração de soluções práticas e no fortalecimento das políticas públicas que buscam atender às famílias afetadas, além de estabelecer estratégias de controle e vigilância para evitar novos surtos.
A mesa de abertura do evento contou com autoridades e especialistas, incluindo o diretor do Departamento de Atenção Especializada e Temática do MS, Aristides Oliveira; o secretário adjunto de Atenção Primária à Saúde, Jerzey Timoteo; a diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, Alda Maria; e a presidente da União de Mães de Anjos Pernambuco, Germana Soares. Esses representantes reforçaram a importância de políticas integradas e destacaram a necessidade de mais investimentos e apoio às famílias.
O colóquio prossegue com uma agenda de discussões e propostas para consolidar o atendimento integral e reabilitação das vítimas da síndrome, buscando uma resposta contínua e eficaz que ampare as famílias e previna futuras complicações associadas ao Zika vírus.
Fonte: pernambuconoticias.com.br