Políticos da oposição sugeriram nesta quarta-feira (22) a possibilidade de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após o Tribunal de Contas da União (TCU) suspender R$ 6 bilhões em recursos do programa estudantil Pé-de-Meia, que não estavam previstos no Orçamento da União.
A decisão do TCU, que manteve a medida cautelar do ministro Augusto Nardes para barrar os repasses, atingiu diretamente um dos projetos mais emblemáticos do terceiro mandato de Lula. A medida gerou forte reação de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que passaram a cobrar manifestações populares e questionar a gestão fiscal do governo.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) foi uma das mais enfáticas, afirmando na plataforma X (antigo Twitter) que “todos os indícios caminham para configurar uma pedalada fiscal” e que o Congresso Nacional tem o dever de agir diante da situação.
Damares também relembrou questionamentos feitos ao ministro da Educação, Camilo Santana, em 2024, sobre possíveis distorções nas contas do Ministério da Educação (MEC), que, segundo ela, não foram respondidos.
“Lançaram um programa sem que houvesse previsão orçamentária e em ano eleitoral. De nada adiantou, pois vimos a derrota do PT nas urnas. Mas isso aí não vai ficar barato”, escreveu a senadora.
O programa Pé-de-Meia foi lançado como uma das principais propostas do atual governo para ampliar o acesso ao ensino superior, mas a falta de previsão orçamentária levantou dúvidas sobre sua viabilidade. O governo ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, enquanto a oposição intensifica as pressões no Congresso.
A suspensão e as críticas ocorrem em um contexto político já marcado por polarizações e podem ampliar a tensão entre governo e oposição nos próximos dias.
Fonte: vilabelaonline.com