Governo de Pernambuco intensifica cirurgias e mutirões para crianças com microcefalia causada pelo Zika vírus

O Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), vem ampliando os esforços para garantir o atendimento e as cirurgias prioritárias a crianças com microcefalia associada à Síndrome Congênita do Zika Vírus. Após anos sem procedimentos desse tipo no estado, a gestão retomou as cirurgias e já contabiliza 21 procedimentos realizados em 19 crianças desde o início do ano, com previsão de aumentar a capacidade de atendimento nos próximos meses.

Com um investimento de R$ 3,8 milhões destinado ao Hospital Maria Lucinda (HML), a expectativa é que o número de cirurgias mensais aumente de 12 para 20, somando mais de 200 procedimentos ao longo do contrato. Zilda Cavalcanti, secretária estadual de saúde, explica que o objetivo é agilizar o acesso e melhorar a qualidade de vida das crianças. “Estamos empenhados em garantir um atendimento eficiente. A previsão é aumentar o número de cirurgias no Hospital Maria Lucinda para atender essa demanda prioritária”, afirmou a secretária.

As cirurgias, realizadas pelo ortopedista Epitácio Rolim, têm como foco aliviar as dores e dificuldades enfrentadas por crianças com microcefalia. “Esses procedimentos são essenciais para prevenir complicações clínicas graves e melhorar o dia a dia dos pacientes e seus cuidadores. Com as intervenções, buscamos proporcionar mais conforto e autonomia às crianças e facilitar o cuidado diário de suas famílias”, destacou o médico.

Além das cirurgias, um novo mutirão de avaliação será realizado em 10 de novembro em Caruaru, onde 37 crianças das regiões macrorregionais II, III e IV serão examinadas para verificar a necessidade de cirurgias ortopédicas, especialmente de quadril. Essa ação integra os esforços do governo para descentralizar o atendimento e alcançar mais famílias no interior do estado.

Outra iniciativa retomada foi o Programa de Aplicação de Toxina Botulínica no Hospital Getúlio Vargas, que voltou a operar após sete anos e atende crianças com espasticidade, oferecendo alívio dos sintomas e melhora na mobilidade.

Essas ações reforçam o compromisso da SES-PE com o cuidado integral das crianças afetadas pela síndrome, visando um atendimento contínuo e de qualidade que atenda às necessidades das famílias em todo o estado.