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Por meio de Jesus, Deus fez milagres, maravilhas e coisas extraordinárias no meio de vocês, como vocês sabem muito bem. (2.22b)
Em seu discurso, Pedro lembra que Deus fez, por meio de Jesus, milagres, maravilhas e coisas extraordinárias, que ninguém poderia negar. Por mais que se esforce, não é possível fazer uma lista de “milagres”, outra de “maravilhas” e uma terceira de “coisas extraordinárias”. Tudo o que ele fez no decorrer de seu ministério terreno foi, ao mesmo tempo, milagres, maravilhas e coisas extraordinárias. A ressurreição do filho da viúva de Naim, por exemplo, foi apenas um milagre? Não foi também uma maravilha e uma coisa extraordinária? A transformação da água em vinho nas bodas de Caná foi apenas uma coisa extraordinária? Não foi também um milagre e uma maravilha?
Os Evangelhos mostram que Jesus estava acima de qualquer lei cósmica, física, matemática, ambiental, biológica etc. Nada o barrava em seu caminho, em sua vontade, em seus desígnios. O que é perfeitamente natural sendo ele quem é: o próprio Deus feito carne, feito homem, feito gente. Em seu prólogo, João toma o cuidado de afirmar que nada que existe no universo criado foi feito sem a participação de Jesus (Jo 1.3, 10). Era, pois, mais do que natural que ele fizesse curas, expulsasse demônios, ressuscitasse mortos, acalmasse a fúria de uma tempestade marítima, secasse instantaneamente uma figueira estéril, multiplicasse poucos pães e peixes, produzindo uma grande quantidade deles, transformasse água potável em vinho de ótima qualidade e ainda respondesse interrogações que estavam apenas na mente de seus interlocutores. Para o ser humano, sempre limitado, todas essas manifestações são milagres, maravilhas e coisas extraordinárias.
Retirado de Refeições Diárias – no partir do pão e na oração [Elben César]. Editora Ultimato.
Fonte: maispajeu.com.br