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Meu retorno ao velho e resistente Pereirão revelou triste realidade

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Meu retorno ao velho e resistente Pereirão revelou triste realidade
Meu retorno ao velho e resistente Pereirão revelou triste realidade
Foto: Arquivo Farol de Notícias

OPINIÃO

Por Cornélio Pedro, policial civil aposentado e comentarista político da TV Farol

Uma guerra infinita, que por si só seria cômica se já não fosse trágica. Falo da eterna luta de sobrevivência, resistência e resiliência do nosso querido e amado “Salvem; salvem o Pereirão”, o velho tão surrado e abandonado estádio Nildo Pereira de Menezes.

No domingo passado estive por lá por culpa e causa de um extensivo e festivo convite público divulgado em rede social pela Secretaria Municipal de Esportes, da volta as atividades do estádio com a realização de duas partidas de futebol pela competição Copa Vale do Pajeú, promovida e organizada pela Liga Desportiva de Afogados da Ingazeira-PE, sim, senhores, entre equipes amadoras de Serra Talhada.

As partidas seriam Turma da Cohab x Cagep, e logo em seguida Cabeça de Peixe x São Paulo, a princípio minha curiosidade era de quem sabe rever e encontrar com velhos amigos e saudosos desportistas, e claro, obviamente ver como andam, ou seria se arrastam, as tão sonhadas obras da reforma do velho estádio.

Bom, a princípio, nos deparamos com os contrastes de um passado desvalido e carcomido por um futuro embalado ainda em promessas incertas. Há de se convir que depois de tanto tempo, velhas glórias e orgulho do nosso desporto amador e profissional, tivemos que importar organizadores da Copa Pajeú, criada pela Liga Serra-talhadense há muito tempo atrás.

Hoje sob a batuta da competente, apoiada e organizada equipe de Diretores da Liga Afogadense, que se mostravam chocados, indignados, apreensivos e críticos sobre as estruturas físicas que encontraram o estádio. Sem as necessárias capacidades técnicas para se realizar partidas de futebol com as devidas condições de segurança e conforto para os envolvidos.

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Conversei com alguns deles que reclamaram do que encontraram e do que tiveram que fazer para improvisar e realizar o evento. Se bem que os vestuários e as cabines de imprensa olhando de longe pareciam prontas e adequadas. Mas o filé do bolo, que seria o gramado, não serve ainda para a prática do futebol. Bom sinceramente eu não me atreveria a tentar arriscar-me numa pelada sem compromisso.

Sim, é possível receber bem a imprensa e até os atletas nos espaços e áreas destinadas. Se bem que não sei qual a estrutura internas destes espaços, vi apenas de longe os prédios com estruturas e aparências prontas. Mas o grande público, o chamado torcedor, teve que se virar como podia entre arquibancadas desconfortáveis e num calor infernal.

Sim, porque as partidas começaram no início da tarde sob o sol escaldante, porque a velha iluminação não funciona mais. Somente pela força e luz da natureza se poderia enxergar o final desta tarde desportiva.

As imagens que visualizei continuam tristes e melancólicas entre o pouco que já foi feito e o muito que ainda falta. Entulhos e restos de obras caracterizam o espaço que claramente não mais possui nenhum atrativo que relembre aqueles velhos e inesquecíveis finais de tarde.

Resumindo, passam os anos, as gestões, e essa história parece interminável. A vergonha que é encontrar aquela praça desportiva embalada por promessas e abandono só aumenta a descrença nas figuras públicas que por ali passam.

E não conseguem verdadeiramente entender o significado simbólico e histórico do que representa para a sociedade dos apaixonados pelo futebol. “Salvem; salvem, o Pereirão”.

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Fonte: faroldenoticias.com.br