Nesta semana, a reportagem do Farol de Notícias, entrevistou Lauriane Peixoto, 32 anos, moradora do bairro José Rufino Alves, enfermeira aqui em Serra Talhada. Apesar de lidar com diferentes problemas de saúde diariamente, em seu ambiente de trabalho, Lauriane teve que reunir forças para lidar com dois diagnósticos de câncer de mama. Mãe e filha descobriram a doença em um curto período de tempo.
Graças ao diagnóstico precoce e tratamento de qualidade proporcionado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tudo ocorreu bem e ela e sua mãe, Dona Joaquina Peixoto, de 60 anos, comemoram por estarem curadas.
“No final de 2019 nós fomos surpreendidas com a ligação do hospital onde minha mãe havia feito a mamografia, dizendo que ela precisaria repetir o exame. Ela sempre costumava fazer o exame, mas passou um período sem realizar, em 2018 ela não fez. Quando recebemos o exame, havia dado birads 4, e precisamos realizar a ultrassom para complementar o diagnóstico. Minha mãe foi encaminhada para Recife, passou pelo oncologista, fez avaliações, a biopsia e então, o diagnóstico de câncer maligno se confirmou”.
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Lauriane contou que todo o tratamento foi realizado em Recife, durante aproximadamente um ano, com medicações e transporte gratuitos através do SUS. Como o diagnóstico da doença foi realizado logo no início, sua mãe precisou passar por cirurgia para retirada do nódulo e hoje realiza apenas o acompanhamento.
Em 2020, em meio a pandemia da covid-19, durante a realização do tratamento de Dona Joaquina, Lauriane foi realizar uma ultrassom e também teve o diagnóstico de câncer de mama.
Apesar de ser jovem, a doença já estava em estágio bastante avançado e ela precisou passar por todos os procedimentos, que há pouco tempo sua mãe havia passado. Entretanto, no seu caso, os nódulos eram benignos e hoje ela realiza apenas o acompanhamento.
A enfermeira alertou que o diagnóstico precoce pode salvar vidas, como os familiares foram impactados e que ter fé foi essencial para passar por todo o processo da doença até a cura:
“Foi muito importante ter o diagnóstico cedo. Se minha mãe não tivesse realizado o exame naquela data, tivesse deixado para o ano seguinte, com certeza teria mais complicações no tratamento e talvez, hoje ela nem estivesse mais viva. Tivemos total assistência da Secretaria de Saúde e Deus preparou tudo, apesar de ter sido no fim de ano. Receber um diagnóstico de câncer não é fácil para a família, todos nós fomos impactados, foi muito doloroso e hoje estamos aqui pra dar o testemunho”.
SUPERAÇÃO DE MÃE E FILHA
A enfermeira falou ainda sobre a importância do auto cuidado e do outubro rosa:
“É importante que outras mulheres se cuidem também, saibam que elas são importantes, que elas precisam realmente ter o autocuidado, porque, as vezes a gente se preocupa tanto com outras pessoas, que a gente acaba esquecendo que nós somos primordiais em nossa família, que devemos nos preocupar umas com as outras, ter esse contato de perguntar como é que está, se fez o exame de rotina e saber que há cura para o câncer, quando é detectado em estado inicial, a cura é sempre melhor. Procure atendimento médico, o SUS disponibliza tudo que é necessário.”
“Esse mês é muito importante por ser um mês que dá visibilidade detecção precoce do câncer de mama. É um mês em que a mulher deve ter um olhar maior ainda para ela, tirar pelo menos um dia da semana para ela procurar fazer seu autoexame e detectar precocemente.”
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OUTUBRO ROSA
Outubro Rosa é um movimento internacional , que visa desenvolver ações durante todo o mês para conscientizar a população, em especial as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do Câncer de Mama.
Dados do Relatório Anual de 2023, realizado pelo Instituto Nacional do Câncer e Ministério da Saúde mostram que o câncer de mama ainda é uma das principais causas de mortes entre mulheres.
No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, com taxas mais altas nas regiões Sul e Sudeste. Para cada ano do triênio 2023-2025 foram estimados 73.610 casos novos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 41,89 casos por 100.000 mulheres.
O câncer de mama é uma doença rara em mulheres jovens. Sua incidência aumenta com a idade e a maior parte dos casos ocorre a partir dos 50 anos. Homens também desenvolvem câncer de mama, mas estima-se que a incidência nesse grupo represente apenas 1% de todos os casos da doença.
Fonte: faroldenoticias.com.br