OPINIÃO ELEIÇÕES
Por Giovanni Sá Filho, é jornalista profissional, doutor em sociologia e editor do Farol de Notícias
Desde 2004, quando acompanho as eleições com mais afinco em Serra Talhada, na derrota do ex-prefeito Geni para Carlos Evandro, que nunca vi uma campanha tão morna na capital do xaxado.
Mas, conversando com pessoas que acumulam muito mais tempo de análise e acompanhamento assíduo sobre os bastidores da política local, com memórias desde a primeira eleição pós abertura democrática, em 1989, a sensação é a mesma.
O que está acontecendo, de fato, com os atores políticos de Serra Talhada há uma semana das eleições municipais? Se não fossem os tradicionais porta-porta poderíamos dizer que a campanha havia migrado quase que 100% para uma batalha virtual.
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A imprensa, por mais que especule, não conseguiu definir se há uma apatia de todas as partes ou se o que estamos vivenciando, neste momento, é o axioma clássico do “silêncio que precede a queda”.
Mas a queda de quê? Ou de quem? De uma apática oposição, que demorou muito a dizer para o que veio? Dos governistas, aparentemente tranquilos com seus índices de aprovação? Ou da população, cansada da mesma ladainha de promessas e da teatralização política que nada resolve dos problemas mais urgentes da cidade?
Há um estranho clima de “nada no ar” e que ao mesmo tempo nos diz “tudo”. Só que falta pouco mais de uma semana para que o “tudo” se revele “nada” ou, melhor dizer, nada mesmo.
Alguma bomba irá explodir? O mais provável não irá acontecer? O que dizer de dias tão tranquilos no inferno que já foi a política da capital do xaxado?
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Fonte: faroldenoticias.com.br