Sempre gostei de considerar filmes para refletir e aprender sobre o Mundo corporativo e sobre minhas experiências. Em especial, os filmes que trazem uma série de histórias engraçadinhas, outras tremendamente tocantes, sobre como se comportam os ambientes e as pessoas e um jeitinho sutil de permitir conexões sobre a “moral” por trás de muitas histórias. Além disso, são aprendizados que podemos resgatar por associação: lembrando do filme, você lembra da mensagem principal ou até de alguém.
Desta forma, curioso pelo filme Meu Malvado Favorito 3, resolvi compartilhar alguns aprendizados obtidos através desta história, pedindo licença àqueles que ainda não assistiram a nenhum dos filmes da série, já que precisarei compartilhar um pouco da história para contextualizar os respectivos insights.
O filme conta a história de um Vilão desajeitado, cujo nome é Gru, que tem uma imagem grosseira, durona e de valores duvidosos e que parece apreciar esta forma de agir. Para implementar mais um dos planos de vilania ele se aproxima de 3 garotinhas órfãs para obter vantagens do relacionamento com elas (e, somente isso).
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O que ele não contava é que as três, Agnes, Edith e Margô, de maneira natural e gradativa, não se abatem com as caras feias, negativas e outros comportamentos “assustadores” que ele demonstra. Elas simplesmente se aproximam dele e se relacionam, apesar das resistências. Também se permitem perguntar coisas nunca antes questionadas por ninguém, fazendo com que a medida que o filme flui, o Vilão adormeça, mesmo que ele ainda mantenha um jeito de Mau que passa a ser a maior curiosidade do personagem.
Você pode estar agora se perguntando: E o que ELE pode me ensinar? Como sabem, gosto de listar os tópicos para organizar as ideias aqui expostas e também para simplificar a exposição dos pontos de vista. Aqui estão alguns aprendizados:
Fato que todo Vilão é Mau. Pare para pensar em uma pessoa com quem convive ou conviveu que faz questão de manter uma cara fechada, respostas bruscas e até mesmo decisões que despertam tristeza no ambiente ao redor, possa mudar.
Você já se permitiu tentar olhar para esta pessoa esperando algo diferente dela? Definitivamente, nosso cérebro se prepara para corresponder às nossas expectativas, logo, se você espera sempre o bem, pode realmente se surpreender com o Mal, você terá mais dificuldade de perceber que potencialmente o seu “Vilão” pode ter algo diferente a oferecer.
A maneira como você se relaciona com o Vilão pode fortalecer a “maldade” que há dentro dele. Se você bajula, puxa-saco, abraça-o, beija-o e o amplia como uma coisa pra satisfazer suas vontades praticando o mau contra quem pensa diferente de você, faz outras pessoas se aproximarem de um Vilão “aparentemente” sem preconceito, pode fazer com que ele também se sinta à vontade para se mostrar de modo diferente para você.
Há muitos motivos que nos tornam quem somos, muitas razões para as escolhas que fazemos, conscientes ou inconscientes. No momento em que você deixa de enxergar qualquer pessoa sem respeitar sua história, você também pode estar se aproximando da vilania.
Por fim, gostaria de compartilhar que apesar dos aprendizados, já vivenciei situações em que não consegui ter sucesso neste DESPERTAR. Também já vivi outros em que muito provavelmente, representei o Mal para alguém, focada em minha própria história e meus próprios interesses, mas se mantém o desejo de continuar aprendendo e tentando, tanto de estar atenta às minhas maldades para pedir desculpas quando elas tomarem a frente, como de continuar acreditando em buscar o lado “Mocinho” de alguns vilões com quem convivo e ainda posso vir a conviver.
Por Délia Peixoto
Fonte: blogdocauerodrigues.com.br