A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas-PE) deu início a estudos para a criação de seis novas unidades de conservação (UC’s) na caatinga.
A ideia é ampliar o controle sobre um número maior de territórios cobertos pela caatinga, por meio de regime especial de proteção ambiental.
Essa estratégia está incluída em uma série de políticas públicas do Governo Estadual para proteger a Caatinga das pressões e dos efeitos das mudanças climáticas sobre o bioma.
A iniciativa receberá aporte de R$ 1,8 milhões do Fundo Mundial para o Meio Ambiente, através do Programa do Governo Federal GEF Terrestre (GEF, sigla em inglês para Global Environment Facility Trust Fund).
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A coordenação é do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FunBio) em conjunto com a Semas-PE e em articulação com a CPRH.
“Quase 85% do território do estado é coberto pela Caatinga e ainda assim temos poucas unidades de conservação do bioma, se comparado com a quantidade de UC’s na Mata Atlântica. Essa desproporcionalidade pode ser explicada porque o processo histórico de criação de UCs no Estado aconteceu a partir da proteção das áreas naturais próximas à Região Metropolitana e ao litoral, na década de 80; enquanto as primeiras UCs na Caatinga foram criadas a partir de 2001, sendo as primeiras de gestão estadual criadas em 2012. Com a criação dessas novas Unidades, vamos promover ainda mais a valorização ambiental do semiárido”, explica o secretário executivo de Meio Ambiente da Semas-PE, Walber Santana.
Atualmente, Pernambuco possui 15 unidades de conservação estaduais na Caatinga, incluindo as RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural). A demarcação de regiões em UCs é uma maneira de aumentar a proteção sobre essas áreas e, assim, evitar a supressão de vegetação do bioma ou extração indiscriminada dos seus recursos naturais.
Embora a criação de novas unidades de conservação na Caatinga não seja algo inédito, essa não é uma iniciativa trivial em termos de políticas públicas ambientais.
“A Bacia do Pajeú é uma dessas regiões com altíssima prioridade de conservação, por exemplo, com espécies muito emblemáticas da Caatinga e recursos naturais abundantes”, explica o coordenador técnico e especialista em restauração de ecossistemas do Cepan, Pedro Sena.
Fonte: blogdocauerodrigues.com.br