Pernambuco registrou 59 novos casos de febre do Oropouche na quarta-feira (17), elevando o total para 72, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE). O vírus foi identificado em pacientes de 13 municípios: Jaqueira, Pombos, Palmares, Água Preta, Moreno, Xexéu, Maraial, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Timbaúba, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Catende e Camaragibe.
A positividade das amostras é de 6,5%, com 1.107 exames realizados pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE). As análises são feitas por exame de PCR em tempo real, sendo realizadas após a negatividade para dengue, zika e chikungunya, conforme orientações do Ministério da Saúde.
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Keilla Paz, diretora do Lacen-PE, destacou a importância desses testes na vigilância laboratorial para identificar arbovírus circulantes que muitas vezes são subnotificados nos sistemas de saúde pública. Na semana passada, a SES-PE informou que investiga uma possível relação entre a morte de um feto de 30 semanas e o vírus Oropouche, um caso inédito na literatura científica.
A febre do Oropouche é transmitida principalmente pelo mosquito maruim e pela muriçoca, com sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya. Eduardo Bezerra, diretor-geral de Vigilância Ambiental da SES-PE, explicou que a predominância de casos na Zona da Mata está ligada à maior ocorrência do vírus em regiões úmidas.
O Oropouche é causado por um arbovírus diferente da dengue, zika e chikungunya, sendo transmitido por vetores como o maruim (culicoide) e a muriçoca (culicídeo), que vivem em ambientes úmidos e com material orgânico abundante. Para evitar a exposição às picadas, é recomendado o uso de roupas que protejam a pele, principalmente ao amanhecer e ao anoitecer, e repelentes adequados. Além disso, o acúmulo de lixo deve ser evitado, pois não há enfrentamento vetorial químico eficaz para esses vetores. (Fonte: Folha/PE)
Fonte: blogdocauerodrigues.com.br