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Agricultor é atacado por cobra Jararaca na Ingazeira-PE

O agricultor Jean Carvalho, foi vitima de um ataque de cobra jararaca na comunidade rural do sitio Macambira, nas proximidades do Distrito de Santa Rosa, no município da Ingazeira, no sertão de Pernambuco.
De acordo com informações repassadas por populares,  Jean Carvalho circulava pelo roçado pertencente a seus pais quando acidentalmente acabou pisando na cobra que em seguida o atacou com uma picada violenta. O animal estava com parte do corpo debaixo de uma pedra e outra parte entre os matos onde o agricultor circulava.

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Jean foi socorrido pelo irmão às pressas para o Hospital Regional Emília Câmara, na cidade de Afogados da Ingazeira, unidade distante 25 Km do local do incidente. A cobra também foi capturada e levada  a unidade hospitalar para conhecimento do médico plantonista no intuito de ajudar em qual medicação seria passada a seu irmão.

A peçonha da jararaca tem ação proteolítica. A proteólise causa a destruição das células dos tecidos. Por isso, ela auxilia na caça, já que torna a briga com o oponente mais “curta” por agir rápido e ser mortal. A serpente morde, inocula a peçonha e solta a presa

Uma picada de jararaca é muito preocupante em seres humanos e em pets, pois ela é uma das serpentes mais peçonhentas do Brasil. Apesar de ser um animal silvestre, ela ronda em várias áreas verdes das cidades.

Jararaca é o nome vulgar das serpentes do gênero Bothrops sp. , um dos ofídeos peçonhentos mais comuns encontradas no Sudeste do Brasil. Nas várias espécies de Bothrops sp., as fêmeas costumam ser maiores que os machos.

Comportamento da jararaca

A serpente jararaca não ataca sem motivo. Elas são defensivas, ou seja, dão o bote quando se sentem ameaçadas. Assim como outras serpentes brasileiras, a exemplo a sucuri e a jiboia, elas são muito inteligentes.

A peçonha da jararaca tem ação proteolítica. A proteólise causa a destruição das células dos tecidos. Por isso, ela auxilia na caça, já que torna a briga com o oponente mais “curta” por agir rápido e ser mortal.

A serpente morde, inocula a peçonha e solta a presa. Se for um rato grande, por exemplo, ele fica se debatendo enquanto a toxina age. Depois do efeito completo, quando a caça já se rendeu, a jararaca finalmente se alimenta.

O que não fazer quando ocorrer um acidente com serpentes?

Existem muitos mitos sobre o que fazer quando alguém ou um bicho levar uma picada de serpente. Vale adiantar: tratamentos alternativos baseados em crenças populares colocam em risco a vida das pessoas e dos animais acidentados.

O exemplo mais conhecido desses mitos é o de fazer um torniquete no local da picada para evitar que a peçonha se espalhe pelo corpo. Isso não evita a circulação da toxina e, na verdade, só aumenta a chance de necrose local e de amputação do membro atingido.

Outra coisa muito recomendada pela sabedoria popular é a ingestão de bebidas alcoólicas para cortar o efeito da peçonha. Algumas pessoas até cortam a cabeça da serpente e colocam no líquido para potencializar a cura. Contudo, o álcool não tem nenhuma ação efetiva contra a picada de jararaca ou de outros ofídeos.

Recomendações de especialistas

Existem medidas cientificamente adequadas a serem tomadas no caso de picadas serpentes. Os médicos do Hospital Vital Brazil do Instituto Butantan, especializado no tratamento de acidentes com animais peçonhentos recomendam:

  • não passar nada no local da ferida;
  • não cortar a região da picada para extrair a peçonha;
  • não chupar o sangue do local da picada para extrair a peçonha;
  • lavar o local da picada com água e sabão;
  • ficar deitado e elevar o membro afetado;
  • ir para o hospital ou posto de saúde mais próximo evitando se mexer;
  • tirar uma foto da serpente que ocasionou o acidente para identificá-la, se possível. Isso ajuda a definir o soro de serpente antiofídico correto.

De acordo com esses especialistas, a picada de jararaca representa 90% dos casos do estado de São Paulo e, segundo o Ministério da Saúde, ela é a maior causadora de acidentes ofídicos no Brasil, representando 69,3% dos casos.

Existe um soro para picada de serpente específico para cada uma das espécies mais peçonhentas e comuns do Brasil. Ele é fornecido gratuitamente para as pessoas, mas, no caso de animais acidentados, ele precisa ser comprado.

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Fonte: blogdocauerodrigues.com.br